Aeródromo de Viseu manteve tendência de crescimento em 2020
06.01.2021 |
O Aeródromo Municipal de Viseu manteve a tendência de crescimento que se tem verificado desde 2014, tendo registado 13.051 movimentos em 2020, apesar dos “grandes constrangimentos” gerados pela pandemia de covid-19, anunciou a autarquia.
Em comunicado, a Câmara de Viseu refere que, em 2020, foram “mais 2.330 movimentos comparativamente a 2019, o que representa um crescimento de 22%”.
O número de operações de transporte regular, a atividade de paraquedismo e o número de passageiros na linha regional registaram um decréscimo, mas o aeródromo “teve um incremento relevante” em algumas áreas.
Segundo a autarquia, “para além do número de movimentos, que em média subiu de 29 para 36 por dia entre 2019 e 2020, destaca-se o crescimento, ao nível da atividade noturna, de 158%, em grande parte devido à operação do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)”, na qual “todas as operações foram cumpridas sem atraso”.
“Este aumento só foi possível devido à reativação da iluminação noturna e outros meios de navegação e meteorológicos, decidida anteriormente pelo município”, sublinha o diretor do aeródromo, Paulo Soares.
A autarquia lembra o contributo da parceria com o IFA – Aviation Training Center, que desenvolve vários cursos em Viseu, entre os quais o de piloto.
“A verdade é que o número de voos de instrução e treino contribuíram muito para o aumento do número de movimentos, registando crescimentos de 66% em avião e de 79% em helicóptero”, justifica.
Na opinião de Paulo Soares, foi “decisiva a decisão do município de Viseu de não encerrar o aeródromo aos operadores que aderiram ao cumprimento rigoroso do plano de contingência implementado, o que permitiu à infraestrutura dar resposta ao mercado e aos interesses nacionais”.
O responsável referiu-se concretamente “à instrução e treino dos pilotos do combate aos fogos rurais, que não tiveram qualquer impedimento e constrangimento na obtenção/renovação das suas qualificações específicas para essa atividade”.
Almeida Henriques lembra que, após “uma aposta séria no Aeródromo Gonçalves Lobato”, este foi transformado “no segundo mais importante do país, logo a seguir a Tires”.
A infraestrutura aguarda agora a instalação do Comando Regional do Centro da Proteção Civil.
“Esperamos concluir a assinatura do protocolo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para construção das instalações do CODIS (Comando Operacional Distrital) e CNOS (Comando Nacional de Operações de Socorro) Alternativo, com recurso a fundos comunitários”, adianta o autarca.
Segundo Almeida Henriques, depois disso, o objetivo é “o alargamento da pista e conquista de voos logísticos e, no futuro, de passageiros”.