António Costa defende captação de novos investimentos para o interior
24.11.2017 |
O primeiro-ministro, António Costa, presidiu ao início da tarde de hoje a uma reunião, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão, distrito de Viseu, juntamente com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e presidentes das câmaras da região, em especial de concelhos atingidos pelos incêndios, para que os autarcas tomem conhecimento dos programas existentes para atrair novos investimentos.
António Costa defendeu a importância de se apostar na revitalização do interior, através da captação de investimento, que gere emprego e fixe população.
“Todos partilhamos do mesmo diagnóstico, de que temos um problema estrutural que tem a ver com a revitalização do interior. É fundamental apostar na revitalização do interior através da atração de investimento”, sustentou.
Na sua intervenção antes da reunião de trabalho que cerca de 40 autarcas de municípios da região centro e o AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), António Costa sublinhou a importância de ser criado emprego para fixar população no interior do país.
“Para revitalizar o interior há algo que é absolutamente essencial: o investimento que gera emprego, pois só onde há emprego se fixa população. Atrair-se população e só onde há população há territórios com vida”, sustentou.
No seu entender, o esforço de revitalização do interior tem de ser feito em conjunto, mobilizando todos os municípios desta região.
Ao longo da sua intervenção, António Costa aludiu às três linhas de apoio às empresas, adotadas pelo governo, na sequência dos incêndios do último verão.
“A primeira linha visava repor a capacidade produtiva destruída. Nesse sentido, foi aberta uma linha de financiamento no valor de 100 milhões de euros e foi criada uma linha de crédito, contratada com a banca, no valor de mais 100 milhões de euros”, referiu.
Sobre a segunda linha de trabalho, que designaram RETER, o primeiro-ministro frisou que serve para reajustar compromissos das empresas que estavam a ser apoiadas por fundos comunitários.
“A terceira dimensão passa por atrair novos investimentos para a revitalização de toda esta área”, destacou, aludindo ao programa de 80 milhões de euros aprovado no Conselho de Ministros de 21 de outubro.
“É uma linha cujo concurso foi hoje aberto e que está acessível para financiar novas empresas que se queiram vir a instalar neste território”, frisou.
Sobre o projeto-piloto da unidade de missão do interior, para a zona do Pinhal do Interior, o primeiro-ministro avançou que será aprovado no próximo Conselho de Ministros.
“Esse projeto-piloto prevê também a insistência de um mecanismo de atração de investimento para os concelhos do Pinhal do Interior, no valor de 25 milhões de euros”, concluiu.