CDS/PP questiona Governo sobre encerramento das Águas do Caramulo
24.01.2019 |
O CDS/PP anunciou ter perguntado ao Governo se, no âmbito do Programa de Valorização do Interior, há alguma medida que possa apoiar a manutenção do Centro de Produção das Águas do Caramulo, cujo encerramento foi recentemente anunciado.
O deputado Hélder Amaral quer que o ministro Adjunto e da Economia lhe responda se no programa “há alguma medida que possa servir de apoio e/ou incentivo à manutenção da empresa e/ou dos postos de trabalho e qual ou quais”.
Outra questão que colocou foi “se o Governo está à procura de novos investidores para as Águas do Caramulo ou, caso se concretize o encerramento, que solução preconiza e o que pretende fazer com a licença de exploração”.
Ao ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Hélder Amaral perguntou “se há alguma medida que possa servir de apoio e/ou incentivo à manutenção dos postos de trabalho e qual ou quais”.
O Super Bock Group (antiga Unicer) anunciou, no dia 11, que vai encerrar, em fevereiro, o centro de produção do Caramulo, onde trabalham 26 pessoas e que se dedica às águas lisas.
O CDS/PP refere que “a empresa ofereceu aos trabalhadores a possibilidade de transferência para uma outra unidade do grupo localizada em Castelo de Vide”, que fica “a centenas de quilómetros do posto de trabalho atual”.
“Para os que optarem pela rescisão, que de acordo com a comunicação social serão a maioria, o grupo disponibiliza um Programa Social de Apoio”, acrescenta.
Segundo o partido, “o autarca de Oliveira de Frades revelou publicamente que foi contactado por cerca de uma dezena de empresários que pretendem adquirir a fábrica”.
O CDS/PP lembra que as Águas do Caramulo têm sido “uma marca embaixadora do território que abrange os concelhos de Oliveira de Frades, Tondela e Vouzela, uma zona de forte interioridade e baixa densidade onde é extremamente difícil manter as pessoas”.
No seu entender, esta região enquadra-se nos objetivos do Programa de Valorização do Interior.
A empresa justificou a decisão com “a quebra significativa de volumes ao longo dos anos, considerando a baixa procura pela marca nos mercados externos e interno”.
Existe “uma tendência de queda de volumes da marca ao longo desta década – na ordem dos 50% -, encontrando-se a produção atual em cerca de um terço da capacidade total desta unidade”, adiantou o grupo.