Covid-19: Câmara de São Pedro do Sul com medidas de apoio à população

03.02.2021 |

A Câmara de São Pedro do Sul preparou um conjunto de medidas de apoio às famílias que estão com “baixa nos rendimentos e aumento nos custos” mensais, disse a vereadora da Ação Social.

“Estamos a perceber, juntamente com os nossos parceiros, que estão a aparecer cada vez mais pessoas com dificuldades de pagarem obrigações mensais, como a renda, a água e a luz. Um efeito da pandemia que já vai fazer um ano e está a afetar muitas famílias”, afirmou Teresa Sobrinho.

Em declarações à agência Lusa, a vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de São Pedro do Sul adiantou que, por isso, o executivo preparou “um pacote de medidas” que entraram em vigor em 01 de fevereiro, umas, e em 01 de março, outras.

A Câmara vai dar um “apoio excecional ao arrendamento para as famílias com menos recursos”, a partir de “01 de março e pelo período máximo de seis meses”, de até 60% da renda ou um máximo de 200 euros.

“Ou seja, até 60% se ficar abaixo dos 200 euros ou, se ficar acima, damos no máximo 200 euros de apoio mensal à renda”, explicou a vereadora, indicando que esta medida é um “complemento do que existe na segurança social, que tem um limite de três meses”.

A autarquia também aprovou, durante os meses de fevereiro, março e abril, a redução em 25% das tarifas da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, para “todos os utilizadores do concelho” e, no mesmo período, a mesma redução do “pagamento da tarifa de limpeza de fossas, a quem solicita o serviço à autarquia”.

“Com o ‘lay-off’ e os confinamentos as pessoas têm cada vez menos rendimentos e as despesas aumentam, porque gastam mais água e luz, principalmente, estando todo o dia em casa”.

Teresa Sobrinho referiu que a ajuda para as “cerca de 800 crianças”, que usufruem dos escalões A e B do Serviço de Ação do Serviço Escolar (SASE), é “dar dinheiro aos pais contra a fatura da compra dos alimentos”.

“No caso do escalão A as pessoas fazem compras em bens alimentares essenciais, os que são taxados a 6%, até 50 euros por mês e apresentam-nos o talão das compras e nós devolvemos essa verba e, no caso do escalão B, são 25 euros”, especificou.

Este apoio “entrou em vigor em 01 de fevereiro” e destina-se “aos 800 alunos do SASE, desde o pré-escolar ao 12º ano” e, “só são válidas as faturas realizadas dentro do concelho”, ou seja, “os pais fazem as compras onde quiserem desde que seja no município”.

A autarquia vai também “emprestar aos alunos referenciados pelos agrupamentos, como sendo prioritários, computadores para que possam iniciar as aulas” à distância no dia 08 de fevereiro.

“Os computadores que o Governo está a mandar não estão a vir em massa, chegam por prioridade. Começaram pelo secundário e agora descem para os outros níveis de ensino, mas, entretanto, as aulas começam. E também há o caso de famílias com vários filhos em idade escolar e em que só existe um computador em casa”, referiu.

Outra ajuda relaciona-se com a internet, pois, apesar dos computadores do Governo chegarem com modem, “nem todas as zonas têm rede” e, por isso, a Câmara está “a trabalhar para conseguir que a internet chegue a todos”.

A título de exemplo, Teresa Sobrinho falou “em cerca de quatro alunos, de vários níveis de ensino, desde primeiro ciclo a secundário, que se vão deslocar à antiga escola primária da Coelheira, que hoje é sede de uma associação, para terem as aulas, porque é o único sítio ali na zona da Serra da Fraguinha onde há alguma rede”.

Este pacote de medidas de apoio “ainda não está contabilizado”, pois a Câmara ainda “não se sabe ao certo quantas famílias irão beneficiar” delas, mas a vereadora assegura que “a autarquia vai prestar todo o auxílio necessário nesta altura de maior dificuldade”.

Foto: cm-spsul.pt

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