Covid-19: Hino do Judas de Tondela cantado no sábado à noite

07.04.2020 |

Devido à covid-19, o espetáculo de Queima e Rebentamento do Judas de Tondela vai, este ano, ser substituído por um hino cantado às janelas, varandas e quintais, às 23:30 de sábado.

A Emissora das Beiras também se associa à iniciativa e vai passar o hino aquela hora, em 91.2 FM e no seu site em www.emissoradasbeiras.pt.

Como este ano “não há Judas para ninguém, pois mal maior se levanta”, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) decidiu evocar as memórias daquele que é o seu espetáculo multidisciplinar anual de maior dimensão pública.

De acordo com o que disse Pompeu José da ACERT, em entrevista à Emissora das Beiras, este ano, devido à covid-19, está a ser promovido o evento “Não Judas ACERT”, através de uma página do Facebook, na qual é lançado o desafio “O que é para ti o Judas”.

“Queremos que este desafio motive a nossa imaginação e sonho e nos leve a publicar imagens, textos, vídeos, memórias e maluqueiras que representem gestos de cumplicidade partilhados”, referiu o responsável da ACERT.

Depois, no sábado, à hora a que habitualmente começaria o espetáculo de rua, haverá “um cantar coletivo do hino do Judas nas janelas, varandas e quintais pela comunidade do concelho de Tondela e nas várias localidades do país onde vivem pessoas que participaram ou assistiram aos anteriores espetáculos”.

Segundo a ACERT, cada um, em sua casa, cantará o hino do Judas “Malha Suprema”, fazendo dele “um hino à vida e um gesto solidário que vai manter aceso o desejo de um mundo melhor”.

Em meados de março, a ACERT anunciou a suspensão de toda a sua atividade pública, da programação do Novo Ciclo e da digressão do Trigo Limpo e o encerramento ao público das suas instalações.

Um dos eventos da ACERT que mais pessoas envolve, quer em termos de organização, quer de público, é a Queima e Rebentamento do Judas.

Num ano normal, nesta semana estaria a decorrer a Fábrica da Queima, com a participação de mais de 200 voluntários e artistas de várias áreas em oficinas de cenografia, música, interpretação e movimento.

 

Foto: obeirao.net

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