Deputado do CDS-PP questiona Governo sobre investimento estrangeiro em Viseu
14.02.2019 |
O deputado do CDS-PP Hélder Amaral perguntou ao Governo quais as propostas de investimento estrangeiro para o distrito de Viseu e que medidas está a tomar a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para o interior.
Na pergunta, dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Hélder Amaral refere que o plano estratégico da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) aponta que “as exportações e o investimento estão num ciclo positivo, mas que é necessária uma nova estratégia para manter esse ciclo”.
“Entre os vários objetivos, defende-se o reforço de proximidade e apoio às empresas, em particular às PME (Pequenas e Médias Empresas)”, acrescenta.
Hélder Amaral lembra, que, no entanto, “o Super Bock Group (antiga Unicer) anunciou o encerramento, durante o mês de fevereiro, da fábrica de produção Água do Caramulo, localizada em Varzielas, Oliveira de Frades, que empregava 26 pessoas”, e que, “poucos dias depois, a empresa de meias Jacob Rohner Têxteis, de Oliveira de Frades, despediu 38 funcionárias”.
No primeiro caso, a empresa alegou “quebra significativa de volumes ao longo dos anos, considerando a baixa procura pela marca nos mercados externos e interno, e uma quebra de produção em cerca de um terço da capacidade total da unidade”, recorda.
No que respeita à Jacob Rohner Têxteis, que produz meias para várias marcas comerciais (como a New Balance e Puma), usadas por clubes de futebol a nível mundial, “a administração alegou quebra nas encomendas para despedir as funcionárias, mantendo 20 trabalhadoras”, acrescenta.
O CDS-PP considera que esta região do país se enquadra quer no Programa de Valorização do Interior, quer no plano estratégico da AICEP 2017-19, “quando se refere a necessidade de exportar mais, investir mais e valorizar” a marca Portugal.
“O abandono do interior por empresas como o Super Bock Grupo e a Jacob Rohner Têxteis é um fator de grande preocupação para o CDS-PP, não só pelo desemprego que causam em regiões já de si carenciadas e discriminadas, mas também porque representam um golpe na economia, produção e exportações nacionais”, acrescenta.