Deputados do PSD preocupados com impasse no serviço de radioterapia
09.02.2017 |
Os deputados do PSD eleitos por Viseu lamentam o alegado impasse em que se encontra a criação de um serviço de radioterapia na capital de distrito e consideraram que “está tudo por fazer”.
Numa reunião com o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Ermida Rebelo, este disse-lhes desconhecer “se há ou não alguma evolução do processo” e que “apenas tem conhecimento da vontade política demonstrada pelo Governo, através da comunicação social”.
Neste âmbito, vão questionar o ministro da Saúde “sobre o que pretende, realmente, fazer o Governo”.
A 29 de novembro, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, disse aos jornalistas que o serviço de radioterapia deverá ser criado no prazo de “dois/três anos” no hospital de S. Teotónio, em Viseu.
Segundo Manuel Delgado, “do ponto de vista político”, a decisão de instalar o serviço de radioterapia na cidade está tomada, mas falta “ver qual é o melhor modelo”.
Os deputados do PSD mostraram-se satisfeitos com o processo de ampliação do serviço de urgência do hospital de Viseu, “mapeado pelo anterior Governo”, cuja candidatura “já foi submetida e está na fase final da validação”.
“O concurso será em breve lançado, podendo iniciar-se as obras ainda em outubro deste ano”, acrescentam.
A situação da Serviço de Urgência Básica de São Pedro do Sul e o funcionamento das extensões de saúde de Nelas são outras preocupações dos deputados, na sequência da reunião que tiveram com a direção do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões.
“Em São Pedro do Sul, a situação é muito grave e a responsabilidade é exclusiva do Governo. Por diversas ocasiões tem havido falta de médicos no atendimento de urgência e ainda não foi encontrada uma solução definitiva para o problema”, lamentam.
Segundo os sociais-democratas, “esta situação tem obrigado a ‘desviar’ os médicos de família das suas funções para o atendimento de urgência, prejudicando os utentes, que veem as suas consultas desmarcadas”.
Também “as extensões de saúde de Carvalhal Redondo e Santar não estão a funcionar de acordo com o estabelecido, havendo atendimento médico irregular” e falta de funcionários administrativos, “porque a câmara municipal não renovou o contrato com os anteriores, nem colocou ninguém em sua substituição”, acrescentam.