Flagelo dos incêndios marca discursos na tomada de posse em Tondela

23.10.2017 |

Na sequência do acto eleitoral de 1 de outubro de 2017, decorreu na manhã da passada sexta-feira, dia 20 de outubro, a cerimónia de instalação dos órgãos autárquicos eleitos para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal de Tondela, para o mandato 2017/2021.
A cerimónia, aberta ao público, foi convocada, nos termos da lei, pelo presidente da Assembleia Municipal, Carlos Cunha e contou com um minuto de silêncio, pelas vítimas dos incêndios. 
Durante o seu discurso de tomada de posse, o presidente da Câmara Municipal de Tondela não deixou de sublinhar as consequências que o incêndio de 15 de outubro passado deixou em todo o concelho.
“Quem pensaria, até ao início da noite de 15 de outubro, que hoje estaríamos confrontados com uma das maiores e mais trágicas realidades do nosso concelho? Quem pensaria que estaríamos confrontados com mais de 140 casas destruídas sendo quase 40 habitações permanentes? Quem pensaria que teríamos de realojar tanta gente? Quem pensaria que estaríamos confrontados com a enormidade destes números, de explorações agrícolas, pecuárias, avícolas, apícolas e com tantos danos e prejuízos no comércio e serviços e no potencial económico centrado nas empresas destruídas? Quem pensaria que mais de 300 viaturas iriam ser consumidas pelo fogo, bem como uma farmácia, aviários, vinhas, oficinas, armazéns e unidades industriais? … Quem pensaria que estaríamos a chorar os mortos?”, questionou José António de Jesus.
Por outro lado, o autarca de Tondela enalteceu a solidariedade e união das populações do concelho.
“Não deixo de admirar o sentimento de grandeza, de união e de entreajuda, a dádiva, a solidariedade, a corrente de apoio…que grande coração tem Tondela!”, sublinhou o presidente do Município, anunciando, ao mesmo tempo, que será criado um fundo municipal e garantindo que “ninguém neste concelho deixará de ver a sua habitação própria e permanente sem ser recuperada”.
Por parte da bancada socialista, o eleito Rui Santos apelou à participação de todos na Assembleia Municipal, espaço onde devem ser discutidos e debatidos todos os problemas que afectam a população do concelho, como é agora o caso dos incêndios.
Já Abílio Santos, eleito pelo CDS/PP, felicitou o PSD pela vitória inequívoca nas autárquicas do dia 1 de outubro, mas sublinhou que a campanha eleitoral ficou marcada pela calúnia, pela difamação mas também pela vandalização de cartazes e viaturas, o que é de lamentar.

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