Grupo de Viseu participa na Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres em Fátima

07.11.2019 |

Um grupo de 70 pessoas, indicado pela Cáritas Diocesana de Viseu, vai participar na segunda Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres, acompanhado pelo bispo emérito de Viseu, Ilídio Leandro.

No dia 17, a Igreja Católica celebra o III Dia Mundial dos Pobres e o Santuário de Fátima vai associar-se à iniciativa promovendo a segunda Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres, na qual participará o grupo de Viseu.

“Seguindo o exemplo do papa Francisco que, habitualmente, a seguir à missa dominical, convida um grupo de pessoas pobres para almoçar, o Santuário decidiu assinalar este dia formulando um convite a uma instituição diocesana, fora da diocese de Leiria-Fátima, para peregrinar até à Cova da Iria”, justifica o gabinete de comunicação do Santuário.

O programa da segunda Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres tem início às 10:45, com o acolhimento do grupo, na entrada da Basílica da Santíssima Trindade, local onde se realizará a missa, às 11:00.

Depois do almoço, o grupo terá uma visita acompanhada aos vários espaços do Santuário, seguindo-se uma despedida na Capelinha das Aparições, às 15:30.

Segundo o Santuário, esta iniciativa “tem por base uma orientação no sentido de, anualmente, se formular um convite a uma instituição diocesana dedicada aos pobres de todas as dioceses portuguesas, incluindo as regiões autónomas, de acordo com um sistema rotativo, para peregrinar ao Santuário”.

Em 2018, esteve em peregrinação um grupo de 50 pessoas da Cáritas Diocesana de Vila Real.

Na mensagem destinada a esse dia, que tem como título o salmo “A esperança dos pobres jamais se frustrará”, Francisco compara a situação do pobre no tempo do salmista e a situação atual.

“Passam os séculos, mas permanece imutável a condição de ricos e pobres, como se a experiência da história não ensinasse nada. Assim, as palavras do salmo não dizem respeito ao passado, mas ao nosso presente submetido ao juízo de Deus”, refere o papa.

As “muitas formas de novas escravidões”, como as famílias obrigadas a deixar a sua terra, e as periferias das cidades modernas, cheias de pessoas que vagueiam pelas ruas, são alguns dos exemplos que aponta.

Aproveitando o III Dia Mundial dos Pobres, o papa Francisco pede mais do que meras iniciativas de assistência.

“Requer-se uma mudança de mentalidade para redescobrir o essencial, para encarnar e tornar incisivo o anúncio do Reino de Deus”, refere, considerando que os pobres não precisam somente de uma “sopa quente ou de uma sandes”, mas de quem os ajude a reerguer-se, a “sentir de novo o calor do afeto” e a “superar a solidão”.

“Precisam simplesmente de amor”, conclui.

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