Obras no Balneário Romano de S. Pedro do Sul deverão estar prontas em quatro anos
27.11.2017 |
O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul estima que as obras no Balneário Romano, em ruína há 70 anos, possam estar prontas dentro de quatro anos, depois de um investimento de 1,9 milhões de euros.
“São obras que irão demorar um certo tempo, são obras minuciosas, mas espero que daqui a quatro anos possam estar concluídas”, apontou Vítor Figueiredo.
As obras de valorização, conservação e reabilitação das Termas Romanas de S. Pedro do Sul vão custar 1,9 milhões de euros, sendo financiadas a 85% por fundos comunitários.
A contrapartida nacional de 15% será assumida, em partes iguais, pelo Município de S. Pedro do Sul e pelo Estado.
Durante a apresentação do projeto – que pretende requalificar as ruínas romanas num polo de desenvolvimento cultural, conservando a sua história e devolvendo o espaço aos visitantes -, o autarca considerou que se vai conseguir “fazer um brilharete com pouco dinheiro”.
“O Governo não vai gastar praticamente nada, pois a sua comparticipação de 7,5% (entre 112 e 120 mil euros) vai ser restituído no IVA, IRS e Segurança Social”, acrescentou.
A cerimónia contou com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, que explicou que o objetivo deste projeto passa pela musealização do espaço.
“Começando pela conservação e restauro das estruturas que estão a ser descobertas, pelas sondagens arqueológicas que estão a ser feitas, e que culminarão num espaço museológico que trará grande atração a esta cidade, a estas termas e à região”, referiu.
No seu entender, este é um exemplo de como o Governo pretende prosseguir a atividade cultural e a atividade de reabilitação do património.
“Partilhamos com a sociedade, com o poder local e municípios todas estas obras, que vêm dinamizar o seu património e valorizar a região em termos económicos”, sustentou.
A ocasião serviu ainda para o autarca de S. Pedro do Sul agradecer ao executivo ter contemplado, no Orçamento do Estado para 2018, as comparticipações aos tratamentos termais realizados pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
“Agradeço o que vai acontecer ao final de tantos anos, pois as comparticipações tinham sido retiradas em 2011. Realço a importância desta medida para relançar o turismo do interior, que tem sido devastado pelos incêndios”, concluiu.