Tondela assina protocolo para recuperar 219 casas afetadas pelo fogo

18.12.2017 |

No dia em que o Município de Tondela comemora o 30.º aniversário de elevação a cidade, a autarquia assinou, ao final da tarde de hoje, o protocolo para a recuperação das 219 casas afetadas pelos incêndios de 15 e 16 de outubro, sendo que os acordos com as restantes autarquias devem ser assinados até ao final do ano.

Durante a cerimónia de assinatura do protocolo com a Câmara de Tondela, o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, afirmou que a reconstrução será um “trabalho de filigrana”, que vai requerer “proximidade, coordenação e planeamento”.

O processo, salientou, é um desafio para “todos”, sendo necessário responder às necessidades das pessoas, ao mesmo tempo que se garante eficácia e celeridade nas obras de reconstrução.

“Até ao final do ano, todos os protocolos vão estar assinados”, afirmou por seu lado, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, sublinhando que só após a assinatura destes documentos será possível fazer a transferência das verbas para os municípios.

As autarquias recebem os formulários das famílias afetadas e, assim que os formulários são entregues à CCDRC, é feita a transferência do dinheiro diretamente para as famílias ou para as câmaras, dependendo do protocolo estabelecido.

Em Tondela, os fundos vão ser transferidos para a Câmara Municipal, que vai realizar um trabalho “de monitorização, fiscalização e acompanhamento”, explanou Ana Abrunhosa.

Neste concelho do distrito de Viseu, a Comissão de Coordenação e o Município estão a encetar esforços para ser criado um consórcio para assegurar as obras nas casas de primeira habitação afetadas, que vai “aproveitar as empresas locais”, referiu.

“Neste caso, estamos a definir o consórcio. Fizemos as consultas e temos que escolher a melhor proposta”, frisou.

Durante o seu discurso, o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, realçou que o incêndio afetou quase 180 quilómetros quadrados do concelho, registando-se prejuízos superiores a 12 milhões de euros em indústria, comércio e serviços e 1,5 milhões de euros nas infraestruturas municipais.

Já no caso das habitações, foram registadas mais de quatro centenas de casas afetadas – 219 de primeira habitação, destacou.

De acordo com o autarca, estima-se que a reconstrução das habitações permanentes “ultrapassem os 11 milhões de euros”, sendo objetivo do município que a reabilitação das casas se realize “com a maior brevidade”.

“O grau de confiança em nós depositado tem a nossa garantia de que nos empenharemos, até ao limite, para que rapidamente todas as primeiras habitações sejam reabilitadas”, vincou José António Jesus.

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