Vereadores do PS justificam abstenção do orçamento de Tondela por “não apresentar grandes novidades”
27.12.2017 |
Os vereadores do PS na Câmara Municipal de Tondela abstiveram-se em relação à votação das grandes opções do plano e orçamento para 2018, no valor global de cerca de 30 milhões de euros, e que privilegia as zonas industriais e a educação.
Os eleitos do PS justificam a tomada de posição sublinhando que “se tratam de documentos de continuidade de políticas anteriores e que não anunciam grandes novidades”.
O vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal de Tondela, Joaquim Santos, disse, em entrevista à Emissora das Beiras, que o orçamento agora aprovado, “mantém pouca clareza nas dotações para eventos, como é o caso da Ficton, Motor Festival e Semana Gastronómica do Cabrito, Cooperativa Terra de Besteiros, entre outros”.
O também líder da concelhia do partido socialista de Tondela acrescentou ainda que os vereadores do PS apresentaram uma proposta alternativa para que a variável de 5% no IRS fosse devolvida aos munícipes e que não foi bem aceite pela maioria social democrata no executivo.
Para as áreas de acolhimento empresarial estão previstos 3,3 milhões de euros, que visam concluir a obra de expansão da Zona Industrial do Lajedo e a execução da ampliação da Zona Industrial de Tondela, refere uma nota da autarquia, adiantando que no domínio das funções sociais, a educação se destaca com investimento superior a 2,2 milhões de euros.
As verbas canalizadas para o setor da educação incluem a requalificação da Escola Secundária da cidade de Tondela, no distrito de Viseu, acrescenta a Câmara, estimando, por outro lado, um investimento da ordem de 1,3 milhões de euros para as áreas da cultura e do desporto.
O investimento previsto para as designadas “obras determinantes” – revitalização da frente ribeirinha e do Parque Tecnológico de Empreendedorismo – ascende a 2,5 milhões de euros.
De acordo com o presidente da Câmara de Tondela, este plano de atividades terá, em paralelo, um enfoque nas “áreas de proteção de encostas e taludes, na reabilitação de infraestruturas destruídas e no apoio à reabilitação das habitações próprias e permanentes destruídas nos incêndios associados à catástrofe de outubro” deste ano.
O município manterá a taxa mínima do IMI (imposto municipal sobre imóveis) para prédios urbanos, acrescida de uma redução para famílias com dependentes a seu cargo, o que “revela um estímulo ao desenvolvimento do parque habitacional e um apoio que evidencia grande justiça social”.